Porque grandes garotas não choram. Elas escrevem.

Que o futuro venha e seja doce

sábado, 16 de fevereiro de 2013


Hoje eu só queria que a vida fosse mais doce, que o dia fosse mais doce, que os anos passassem de forma mais doce. Sonho com horas amenas na varanda, e o vento balançando as folhas das árvores que nos acompanharam desde sempre. Elas ainda são jovens, enquanto nós, nem tanto.
Hoje eu espero apenas sentimentos tranquilos. Não quero perder o ar com alegrias imensuráveis, nem tampouco perder noites de sono com dores aparentemente sem fim. Quero apenas relaxar depois de todas essas viradas, e saber que tenho um amor ameno para compartilhar nada além das amenidades da vida.
Que a intensidade desse amor esteja visível nos detalhes. Que não precisemos saltar de paraquedas para nos sentirmos vivos. Mas, que um passeio de mãos dadas ao fim da tarde seja nossa aventura preferida. Que nenhum dos dois precise mover o mundo de lugar para demonstrar amor. Saberemos, sem precisar dizer.
Desejo problemas, como na vida de qualquer pessoa. Mas que os problemas não soem como o fim dos tempos aos nossos ouvidos. Que possamos trata-los com a leveza de quem sabe que tudo pode ser contornado com calma e cumplicidade. Que as mãos dadas segurem um ao outro quando o tombo vier, e que possamos administrar os anos vivendo o verdadeiro significado da palavra ‘parceria’.
Hoje peço que a chuva caia mansa lá fora e que os temporais não nos assustem. Que o sol não desapareça, mas que também não nos impeça a visão. Que as ondas venham se chocar contra as pedras, mas não nos machuquem. Que plantemos árvores e cultivemos um jardim para testemunharmos a vida acontecendo em sua forma mais pura, sem jamais perder o sentimento de gratidão à Sagrada Terra pela vida que renasce todos os dias.
Depois de tantos planos e passos arriscados, hoje me rendo e desejo apenas paz. Que possamos viver em paz com o mundo, e em paz com nós mesmos. Que os outros se sintam em paz em nossa presença. E, se é verdade que todos os seres têm memória, que nossos jardins se lembrem da paz que buscamos semear.
E eu, que já sonhei em sacudir o mundo, hoje espero somente impacta-lo de forma suave e memorável. Eu, que antes sonhava em entrar para a história, desejo apenas que nossos filhos recordem nossas lições, quando não estivermos mais aqui para lembra-los. Eu, que tantas vezes disse que queria morrer de amor, hoje sei que o amor não mata, e que, se não for doce, não é amor de fato.

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"É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los"

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