Porque grandes garotas não choram. Elas escrevem.

Peace.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A névoa começa se dissipar.
Já posso ver o outro lado.
Logo atravessarei.
A mente clareia.
O sonho vagueia.
E tudo começa a se tornar palpável.
- Aonde isto estava escondido?
- Não sei. Só sei que surgiu.

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Mais um capítulo

domingo, 14 de novembro de 2010

Cara Lirys,

Cansei de falar-lhe sobre luzes e coisas do tipo. Cansei dessa idéia insistente de que preciso encontrar a felicidade em algo além de mim.
Lembra-se do barco que fica tranquilo em um porto, apesar de não ter sido feito para ficar lá? Lirys, qual o grande problema de se ficar no porto? Talvez seja melhor, pelo menos enquanto não se tem força para ganhar o mar. Estive pensando: Por que é tão necessário dizer 'adeus' ao lar de sua infância para crescer? Independência nada tem a ver com distância. Então, só porque estou longe, sou agora uma mulher responsável e independente? É para rir! Posso conquistar tanto do que eu sonhei se começar a aceitar que esta é a minha vida, e parar de desejar ter a vida que outras pessoas têm. Papai do Céu sabe o que faz. Se Ele não me deu o mundo ainda, talvez seja porque não estou pronta. Se eu nunca tiver o mundo, será porque foi melhor assim. Construir a minha vida, depende unicamente de mim, e não posso permitir que o local em que estou interfira nisso.
Tenho mil sonhos, nem todos vão se realizar. Honestamente, acredito que se um se realizar, isso já será uma grande benção.
Sonhos não são coisas fáceis. E, como disse uma vez um escritor de quem gosto muito, "sonhos dão trabalho". Concordo com isso e estou decidida a assumir os riscos.
Minha amiga, espero que entenda esta carta, não como uma simples mudança de opinião, mas como uma mudança de visão e postura a respeito de minha própria vida e de meus próprios sonhos. Espero vê-la em breve.

Grandes saudades,
Anita Gérard

Eu não falo de dor
FURTADO, Brena Lacerda

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Um dia que valeu a pena - 13 de Novembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

Você acorda com muitos planos e pouco tempo. Seu dia começa a correr assim que levanta da cama. Mas não é um dia como qualquer outro. Hoje é um dia especial, um dia que você esperava há algum tempo.
Quando foi dormir, na noite anterior, se certificou de ajustar o despertador, deixar sua mochila pronta, e a roupa com que sairia em cima da cama ao lado. Quando acorda, você percebe que sua mãe jogou fora um de seus tênis preferidos, mas para evitar confusão, calça uma bota qualquer e sai. Sai correndo com medo de se atrasar, e então você vê o ônibus (aquele que você não pode perder) e corre ainda mais. Porém, uma pedra no meio do caminho, no início do seu dia que tinha tudo para ser perfeito, te faz cair. Você levanta correndo e entra no ônibus. Teria sido melhor se não tivesse entrado. Você se senta e percebe que seu joelho dói, mas a dor desaparece quando você vê que o solado de sua bota descolou por causa do tombo. Meu Deus, que droga! Você se dirige ao seu destino mesmo assim. Quando chega lá, nada está tão perfeito. Há muito a ser feito, e pouco tempo. Você começa a trabalhar e quando vê, o solado termina de descolar. Pensa mil e uma maneiras de contornar a situação, mas, por fim, desiste. Fazer o quê?
Tantas coisas acontecem, você se diverte tanto, conhece pessoas tão maravilhosas. Você pula, canta, ri, leva esporro, e decide ficar descalça pra evitar a preocupação com a droga do solado. Desde que tirou a preocupação de sua cabeça, seu dia melhora mais ainda. A presença de pessoas que você acabou de conhecer se torna de vital importância naquele momento. Você percebe o quão sortuda é por ter tido um dia como este. Dane-se se perdeu o solado da bota. Dane-se se ficou descalça. Há quanto tempo você não ria assim? Há quanto tempo não se sentia assim? Então agradeça a Deus por ter acordado cedo, esperado tanto tempo, ter tomado um tombo, ter estragado sua bota e ter pagado tanto mico. Agradeça a Deus! Porque é tão raro se sentir tão cansada mas ao mesmo tempo tão feliz ;D

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No fim, todas as histórias são semelhantes

sábado, 6 de novembro de 2010

É como não se espera. Você se protege, foge, mas finalmente se entrega. Resolve se dar de presente a chance de ser feliz, de pelo menos tentar.
O princípio é sempre lindo: a certeza de que encontrou o que procurava. Poucas coisas são melhores que isso. Vocês se gostam, vão se conhecer melhor e, com toda certeza, irão se gostar mais ainda a cada dia. E os defeitos um do outro serão relevados porque nada é mais importante que este sentimento. Seria realmente belo, mas você acorda. Você acorda e as coisas já não são tão fáceis. O mau humor dele te magoa e ele se irrita com o seu sentimentalismo excessivo. Aos olhos dele, você já não é tão bonita e a inteligência dele já não lhe parece tão espetacular. As diferenças entre vocês incomodam. Ele diz sim e você não. Você prefere um filme e ele quer ir ao barzinho com os amigos. Tudo o que você pensa, ele pensa o contrário, tudo o que ele quer você acha melhor não. E, por achar impossível viver assim, você foge mais uma fez na esperança de se proteger. Diz para si mesma que é melhor assim e acha que um novo amor te fará esquecer. Bobagem! Não se enche um copo que já está transbordando. E, depois de algum tempo, você retorna ao ponto anterior. Você fugiu, você o deixou, mas ainda o ama. Devia ter lutado um pouco mais, mas teve medo. Agora, simplesmente, é tarde. Então você tenta se conformar com a amizade e o convívio, tenta dizer ao seu coração que houve uma época em que você podia viver sem ele, tenta convencer a si mesma de que isso vai passar. E os dias passam, você segue a sua vida e sente que a angústia está passando. Mantendo o mínimo de contato e algo parecido com amizade, você vai sobrevivendo. Até que, em um dia como qualquer outro, exceto por seu cansaço, ele surge novamente se fazendo encantador. Aquele toque, que por tantas vezes você quis sentir novamente, finalmente estava ali. Você não pôde conter o sorriso que surgiu em sua face, assim como também não poderia conter as lágrimas que cairiam pouco depois. A magia daquele momento se dissipou tão rápido e inesperadamente quanto surgiu. Incrível como, mesmo havendo mil e um motivos para você esquecer, você ainda procura por aquela pequena e solitária razão que a faz lutar em uma batalha perdida por um tesouro condenado. Por que ele resolveu ressurgir em sua vida, encher seu coração de esperanças se não era isso que ele queria? Por que diabos ele se sentiu no direito de te usar e dispor assim dos seus sentimentos? Pra que? Com que objetivo? E simplesmente te pede desculpas como se isso fosse unir novamente os destroços do seu coração. Ironicamente, seu coração imbecil, mesmo em pedaços, não consegue ter raiva. Você deseja continuar, mas não quer tirá-lo de sua vida, não quer esquecer os momentos bons, não quer superar e virar a página porque, dentro de você, algo lhe diz que o capítulo não foi encerrado e que ainda existem coisas a serem ditas. E você se pergunta se vale a pena dizer cara a cara, ou se uma simples mensagem de texto pode resolver. Decide-se então por nenhum dos dois. Decide que é melhor escrever. Não para ele, e sim porque sabe que as palavras ficariam presas dentro do peito e você não conseguiria falar tudo o que precisa ser dito. Abre seu caderno e escreve, tenta retirar a dor de dentro de você e colocá-la no papel na esperança de se sentir melhor. Tenta em vão. Mas, apesar de tudo, você já esperava um “não”, mas jamais imaginara que seria desta forma e que reagiria assim. Por fim, o amor-próprio que ainda resta em você te faz levantar a cabeça. E você promete a si mesma que isso vai passar e que, aos poucos, pedacinhos da sua alma começarão a voltar e aquela época turva vai ficar para trás e você poderá se dar de presente outra vez a chance de ser feliz, dizendo sempre a si mesma que sua felicidade depende unicamente de você.

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Confessar, descobrir e reagir

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A doçura me deixou faz algum tempo. Incessantes erros tenho cometido movida por minha fraqueza emocional. Não tenho ouvido muitos elogios. Pelo contrário, tenho sido constantemente criticada, e com motivos. Decidi que minha dor pertence somente a mim. Sim, sou exibicionista e gosto excessivamente de atenção. Mas existem pedaços de mim que eu jamais quis mostrar. Continuarão ocultos. E ocultas serão também muitas das partes que antes não via problema em mostrar. A transparência muitas vezes se confunde. Tudo bem! Ando confusa também. Porém, recentemente, uma brisa leve me tirou o fôlego. Foi o bastante para eu ter a certeza de que tudo que eu queria estava ali. Os equívocos que cometi em decorrência da necessidade de provar pra mim mesma que eu não precisava daquilo, ainda machucam. Mas os deixarei para trás, porque eu sei que vale a pena. Não preciso procurar em mais ninguém aquilo que já havia encontrado. Está bem diante dos meus olhos, bem ao alcance de minhas mãos, tão perto de meu coração que quando respiro consigo tocá-lo. Um simples minuto me tirou o folêgo. E minha respiração não será a mesma. Você já sentiu algo assim? - lhe pergunto. E você dirá: - É claro! Todos vivenciam, ao menos uma vez, a instabilidade, a confusão e a beleza que é amar. - Neste momento, um sorriso inundará a minha face e eu saberei que, acima de todas as coisas, não há nada melhor que isso.

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"É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los"

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