Porque grandes garotas não choram. Elas escrevem.

Fazer sua parte

sábado, 26 de junho de 2010

Quem me conhece, foi apresentado também ao meu idealismo sem tamanho, e aos meus valores com relação ao mundo em que vivemos.
Sim, eu creio com toda a minha alma que um mundo melhor é possível. Que ainda dá tempo de "desinverter" esses valores, de curar as feridas abertas na nossa sociedade, de salvar as próximas gerações do caos certo.
Eu creio em Deus, num Deus que ama seus filhos a ponto de dar a eles a independência quando esta foi pedida, portanto, Ele não interfere em nossas ações. Mas, sim, Deus faz obras lindas fazendo uso da nossa maldade, da nossa crueldade, da nossa inconsequencia. Não que ele precise do mal para fazer o bem, mas em tudo que é mau, podemos encontrar o lado bom de Deus.
O que me encanta em tudo isso é a possibilidade de ver uma coisa boa nas catástrofes globais que estão acontecendo, e nos desastres que ainda estão por vir.
É engraçado quando falam que o mundo vai acabar em 2012. Bem, segundo os Maias, segundo Nostradamus, isso vai acontecer. Não acredito nisso. Não desta maneira. Mas, não sei com base em que, eu acredito que algo pode acontecer, que algo pode mudar. Talvez, sim, uma catástrofe, e o fim do mundo tal como o conhecemos. Talvez se algo acontecer, as pessoas, vendo o sofrimento, mudem seu modo de agir, voltem seu olhar para as gerações futuras, para as crianças que hoje passam fome, sede, frio, carência de amor, carinho e compreensão. Talvez, quando o homem, sem distinção, descobrir e sofrer as consequencias reais de seus atos, talvez, neste momento, ele pare, pense e veja aonde o caminho do ter desregrado o levou.
Pensem, o Japão é um país pacífico desde o momento em que sentiram na pele o que a guerra pode causar. Sim, a guerra transforma. Sim, o sofrimento ensina. E isso é realmente muito triste. É uma contradição que o ser humano precise conhecer a dor para aprender a amar.
E, se algo não for feito por este mundo agora, é isso que deverá acontecer. Os homens ricos ou pobres, pretos ou brancos descobrirão o que é a verdadeira miséria, a verdadeira dor para então entenderem que este mundo, que os recursos e que o planeta lindo que Deus criou e entregou em nossas mãos não é eterno.
As atitudes não precisam ser grandes. As ações precisam ser locais, porque, se em cada lugarzinho do mundo, as pessoas fizerem a sua parte, uma grande mudança acontecerá. E isso não é algo de outro mundo. É nossa obrigação. É o que já deveríamos ter feito.
Acredito que misturei algumas coisas pra chegar a este final. Pode ter sido um pouco confuso mas, o que desejo que seja entendido deste texto é que cabe a cada ser humano, a cada ser pensante a obrigação de cuidar deste planeta, desta casa que nos foi dada, para que não tenhamos que aprender com o sofrimento. Para que nossos filhos possam ver as belezas que nós vemos, e que os filhos deles não conheçam certas espécies apenas por fotos.
Para isso é necessário que cada um saiba e entenda que sua contribuição é essencial.
Ainda dá tempo!
Assista a um vídeo muito bonito que retrata bem o quero dizer:



Beeijos ;*

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Atuar por medo da solidão

sábado, 19 de junho de 2010

Nessa vida, encontrei tanta gente que, na primeira oportunidade, tenta mostrar o pior de si. Esconde sua força, e mascara seu medo da solidão com ar de independência. Não acredita em seu próprio potencial e por isso prega aos quatro cantos suas virtudes. Na verdade, acho que todos temos um pouco disso. Queremos ser queridos, admirados, amados, mas não damos o braço a torcer. Mostramos independência, individualidade e singularidade, quando o que mais queremos é alguém para nos abraçar, um coração para nos entender.
(É notável que me sinto um pouco mal escrevendo na primeira pessoa do plural. Não me sinto capaz de definir ou me referir a outras pessoas ao mesmo tempo em que me refiro a mim, por isso, a partir deste ponto, abordarei este tema utilizando apenas o meu exemplo.)
Droga! Perdi minha linha de raciocínio. Bem, voltando...
Sim, é assim que me sinto.
Logo de início, este artigo pode parecer uma crítica, mas, entenda, não é, é apenas uma constatação do que observei nas pessoas até hoje. Me incluo neste grupo que teme a solidão. Ah como eu temo! Mas, o mais engraçado dessa situação é que, existindo esse medo, eu não busco estar perto das pessoas, não busco conquistá-las para mantê-las comigo, busco mostrar não que preciso delas. Sim, isto é uma enorme contradição. Porque, se não quero ficar sozinha, preciso fazer com que minha presença e minha companhia sejam queridas e apreciadas. Concordam?
Pois é, faço exatamente o contrário. Mas juro que não é por querer.
Já notaram que parece que as pessoas se interessam mais por quem é arrogante, calado, metido, enfim! É fato! É o desconhecido, o que dá vontade, curiosidade. Pessoas abertas como eu, transparentes até a raiz do cabelo não despertam o interesse das pessoas. Porque, onde está o mistério?
Então, é nestes momentos que tento fazer um papel a que não fui apresentada: A Brena arrogante, a Brena antipática, a Brena calada (impossible). E é aí que eu peco. Porque não sei encenar isto, e fica falso, e fica artificial, e as pessoas se interessam menos ainda.
Então, concluindo, o que aprendi com tudo isto é o que nos dizem todos os dias, embora NINGUÉM, repito, NINGUÉM, siga isto a risca, mas: Seja Você. Sempre alguém vai gostar de você assim.



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A arte de ser mais um

sexta-feira, 18 de junho de 2010

de Tati Bernardi



"Acontece de repente, quando acaba o pão de queijo no café com revistas ao lado do prédio que tem cheiro de umidade. Um dia que não prometia absolutamente nada, talvez chuva, mas nem isso se cumpriu. Não é dia de trânsito nem de acidente. Não é véspera de nada e tudo vai tão calmo que você poderia até esquecer o celular em algum lugar e só se dar conta no dia seguinte, na hora do despertador. Naquele segundo, lá no café sem pão de queijo, você topa o pão de batata mesmo, se esquece um segundo pra ver uma chamada do Caderno 2 e sabe que foi aceito. Simples assim. Você está há meses indo de escova e lápis de olho e nada. Você levou todos os seus livros e algumas reportagens que saíram falando de você, e nada. Você tentou ser inteligente, ágil, prestativo, misterioso, difícil, fazer piadas sexuais, nada. Até que numa tarde, de repente, porque já acostumaram com a sua cara ou só porque enfim sua natureza legal venceu a sua vontade de ser legal, você se torna mais um. Você consegue, finalmente, ficar em silêncio ao lado das pessoas, e as pessoas conseguem, finalmente, gostar de você mesmo, ou principalmente, porque você, finalmente, ficou em silêncio. E então você é mais um. E tanta dor de barriga e medo, tudo aquilo que faz você se sentir tão especial. Você esquece que é especial e se torna mais um. Só mais um a comer um pão de batata velho desejando o pão de queijo recém saído do forno. Só mais um. E no meio de tanta gente querendo provar coisas, você dá o desconto e só as escuta. E de repente, estão fazendo silêncio para escutar você. E, de repente, pela primeira vez, porque dessa vez sim é a sua vez, você diz algo e todos riem de modo a te mostrar que você conseguiu. E você não tem mais dor de barriga e nem ódio e muito menos ânsia de vômito. Você não tem nada, você tem é uma massa que se mistura e sente tanto com todos que se anula. Se anular, você vai descobrir, era só o que você precisava pra ser feliz. Ser mais um, você vai descobrir, é o que faz a gente passar meses exaltando o que somos. O fim de toda a arrogância e genialidade é uma simples frase do tipo “ah, você já vai?”. Fazer falta é simples, popular, sem nenhuma dramaticidade e quase não dá bons textos. Ser sozinho rende o mundo, mas me parece tão pequeno perto dos meus passinhos de dança, depois, ao chegar em casa."



Tudo que eu precisava ler neste momento.

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"É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los"

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