Porque grandes garotas não choram. Elas escrevem.

Atuar por medo da solidão

sábado, 19 de junho de 2010

Nessa vida, encontrei tanta gente que, na primeira oportunidade, tenta mostrar o pior de si. Esconde sua força, e mascara seu medo da solidão com ar de independência. Não acredita em seu próprio potencial e por isso prega aos quatro cantos suas virtudes. Na verdade, acho que todos temos um pouco disso. Queremos ser queridos, admirados, amados, mas não damos o braço a torcer. Mostramos independência, individualidade e singularidade, quando o que mais queremos é alguém para nos abraçar, um coração para nos entender.
(É notável que me sinto um pouco mal escrevendo na primeira pessoa do plural. Não me sinto capaz de definir ou me referir a outras pessoas ao mesmo tempo em que me refiro a mim, por isso, a partir deste ponto, abordarei este tema utilizando apenas o meu exemplo.)
Droga! Perdi minha linha de raciocínio. Bem, voltando...
Sim, é assim que me sinto.
Logo de início, este artigo pode parecer uma crítica, mas, entenda, não é, é apenas uma constatação do que observei nas pessoas até hoje. Me incluo neste grupo que teme a solidão. Ah como eu temo! Mas, o mais engraçado dessa situação é que, existindo esse medo, eu não busco estar perto das pessoas, não busco conquistá-las para mantê-las comigo, busco mostrar não que preciso delas. Sim, isto é uma enorme contradição. Porque, se não quero ficar sozinha, preciso fazer com que minha presença e minha companhia sejam queridas e apreciadas. Concordam?
Pois é, faço exatamente o contrário. Mas juro que não é por querer.
Já notaram que parece que as pessoas se interessam mais por quem é arrogante, calado, metido, enfim! É fato! É o desconhecido, o que dá vontade, curiosidade. Pessoas abertas como eu, transparentes até a raiz do cabelo não despertam o interesse das pessoas. Porque, onde está o mistério?
Então, é nestes momentos que tento fazer um papel a que não fui apresentada: A Brena arrogante, a Brena antipática, a Brena calada (impossible). E é aí que eu peco. Porque não sei encenar isto, e fica falso, e fica artificial, e as pessoas se interessam menos ainda.
Então, concluindo, o que aprendi com tudo isto é o que nos dizem todos os dias, embora NINGUÉM, repito, NINGUÉM, siga isto a risca, mas: Seja Você. Sempre alguém vai gostar de você assim.



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"É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los"

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