Porque grandes garotas não choram. Elas escrevem.

Eu deixarei que morra em mim...

quinta-feira, 2 de junho de 2011


Seria bom poder sorrir ao ver você, como na época em que, ao nos encontrarmos, trocávamos olhares de interesse e discretos sorrisos.
Seria bom retornar ao ponto em que as mensagens de texto vinham com doces vocativos e pequenas frases apaixonadas.
"Penso em dias perfeitos." Aqueles dias em que o frio na barriga era a sensação que imperava. E estava tudo bem.
"Não há tempo que volte, amor."
Pena não termos aproveitado quando a paixão ainda era doce e o querer tão intenso.
A questão é que depois de você, nada me satisfez. Depois de você, tudo foi passageiro e as paixões, momentâneas.
Bem sei que nada vai mudar.
Como um peixe que se apaixona por um pássaro, algumas coisas simplesmente não são para acontecer. E não é culpa de ninguém. Apenas não dão certo, por mais que se queira.
Deixei de acreditar em nós no dia em que percebi que tudo aqui era tão frio que pinguins e ursos polares poderiam viver entre nós com todo o conforto. Deixei de acreditar em nossa capacidade de trazer felicidade um ao outro, e não ouso mais insistir nesta batalha perdida.
Mesmo chorando as vezes, jamais desistiria daquilo que me faz sorrir. No entanto, já nem me lembro qual foi a última vez que sorri ao te ver. Mas me recordo perfeitamente de como sorria como uma boba ao pensar em você. Contudo, isto foi há muito tempo.
Já mudei tantas vezes desde então.
"Vulnerável, volúvel" era o que você dizia. Tinha toda a razão, embora estivesse errado sobre tantas outras coisas.
Sua última passagem pela minha vida reabriu as feridas e você sabe disso.
Sabia o que estava fazendo. Sabia que eu sairia machucada, no entanto, sua fraqueza e sua carência são sempre tão justificáveis que me falta ânimo para questioná-las.
Hoje, sorrir ao te ver é quase impossível, mas acredito que, um dia, quando essa necessidade crônica que tenho de você passar, quando pudermos perdoar um ao outro, e a maturidade vier nos mostrar o que é, de fato, prioridade, poderemos olhar um ao outro nos olhos e sorrir sem dificuldade, recordando dos dias em que o sorriso do outro era a coisa mais importante.

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"É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los"

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